terça-feira, 19 de julho de 2011

Cabeça de jardineiro

                                      
            Os sonhos não têm idade, sexo, nacionalidade ou credo. Eles só precisam que alguém sonhe, idealize e crie, pois o nosso amanhã é o hoje que transformamos.
            Como nos ensina Tejon, o sonho é o que você faz com a realidade enquanto sonha. Daí surge as ideias e criações. Cabeça de jardineiro é assim!
            Existindo o espaço físico, projetamos as cores, idealizamos os canteiros,buscamos os perfumes e saudamos a vida. Isto é tão difícil de entender? ...
            Você deve estar pensando em como se pode fazer a jardinagem com toda a poluição já existente, águas envenenadas... Como podemos buscar a beleza em um contexto que privilegia a massificação e superprodução? Onde buscar e cultivar a beleza e o perfume exóticos?
            Devemos entender que nossos sonhos e ações nos dão identidade. Mas o que é identidade? Talvez seja o que eu gosto, pois grande parte do que eu sou é constituído pelo que eu quero. Assim deve ser o verdadeiro jardineiro, aquele que se apaixona pelo que faz. Só este é capaz de construir estufas, produzir adubos naturais.  Ele sabe de cor – com o coração- o que deseja.
            Mas nada acontece de verdade, até que toquemos a realidade. Um toque de carinho e amizade, num gesto de abençoar. Este toque não pode ser impessoal, deve vir como um beijo que sela compromisso e descobre as realidades mais secretas
Como diria Alves, as sementes só engravidam a terra, se o plantio for prazeroso. Assim, o jardineiro deve ser aquele que provoca, excita a terra, para nela inseminar as sementes que gerarão os frutos que alimentarão ou embelezarão os jardins.

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